Mário Freitas, epidemiologista e especialista em saúde pública, analisou a forma como o internacional português pode ter contraído o vírus e diz que algo falhou na “bolha” em que os jogadores da seleção nacional estão inseridos:
“O vírus tem grande capacidade de transmissão sempre que as pessoas não têm distanciamento social adequado ou não utilizam máscara. Se as duas razões estiverem reunidas, o risco é maior. Porém, uma pessoa pode estar contaminada e não ser um grande transmissor do vírus. Algo falhou neste caso. Não se sabe onde”.
“Apesar da bolha, basta um momento de distração para alguém se contaminar. Isto não é matemática. Se o fosse, controlávamos o vírus de forma mais perfeita. A incubação vai até 14 dias, embora mais frequentemente entre e os 3 e os 8 dias. Algures nestes 14 dias ele foi contagiado. Risco zero só se ele estivesse numa espécie de prisão”.
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) em comunicado que o internacional português estava infetado: “O internacional português está bem, sem sintomas, e em isolamento”, pode ler-se no comunicado, que dá conta que o avançado da Juventus “foi dispensado dos trabalhos da Seleção Nacional após teste positivo para COVID-19”.