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Graça Freitas: “Temos de ponderar público nos estádios, e não será certamente nos próximos tempos”

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A pandemia ainda parece muito longe de solucionada. No dia em que Portugal somou 646 novos casos, número mais elevado desde abril, a diretora-geral da Saúde foi questionada sobre o regresso dos adeptos ao estádios de futebol. Sem surpresas, Graça Freitas afastou esse cenário, pelo menos, pelos próximos tempos.

No momento, a prioridade da Direção-Geral da Saúde está mesmo no início do ano letivo. Esse será o foco da maior preocupação das autoridades, especialmente numa altura em que o número de infetados está a subir muito, a exemplo do que se passa noutros países europeus.

“Este vírus ainda não completou um ano entre nós, não sabemos como vai ser o comportamento ao longo dos ciclos sociais. Agora estamos num ciclo especial de saída de férias, temos de fazer uma vida dentro da normalidade. Esta mobilidade, com o início do ano público escolar, gera mais contactos, mais casos e um aumento de casos, como na Europa. Faz parte do ciclo da nossa vida social.

Por precaução o governo já tinha tomado a decisão de colocar o país em Contingência. Temos de ter cuidado com os movimentos populacionais que aí vêm e a abertura do ano escolar no sistema público. Vai mobilizar quase 1,2 milhão de alunos, 120 mil professores, um número enorme de pessoas que se vão movimentar, revelou Graça Freitas.

No caso concreto do regresso dos adeptos de futebol aos estádios, a diretora-geral da Saúde revelou que não está previsto acontecer para breve: “Manda a prudência que agora não ensaiemos outras medidas que podem levar a mais contactos. Temos de ser prudentes e faseados noutras atividades à medida que estabilizamos algumas. Pelo que se vai passar dentro e à volta das escolas, temos de ponderar público nos estádios e abertura das discotecas neste quadro mais vasto, e não será certamente nos próximos tempos.

Não há previsão, temos de ver o movimento de pessoas, que não é um fenómeno único, repete-se todos os dias. E tem um impacto grande no número de contatos que cada pessoa vai ter nas próximas semanas”.

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