Morreu na quarta-feira, 23, o Chef frances Pierre Troisgros, aos 92 anos. Ele foi um ícone da gastronomia francesa ao lado de Paulo Bocuse (1926-2018) e Joël Robuchon (1945-2018). Em 2007, recebi no Box 32 a visita que, para os apaixonados pela boa mesa, equivale à visita do Papa: lá estava Pierre Troisgros, seu filho Claude Troisgros, um dos melhores chefs franceses na América do Sul, e o neto Thomas Troisgros.
Receber a visita de um símbolo mundial da boa mesa foi demais. Ter o privilégio de ouvir suas observações carinhosas sobre o nosso trabalho, elogiar o ponto de cozimento e a simplicidade do camarão ao bafo, do corte finíssimo das fatias de pata negra, da variedade de pequenas porções que fazem parte da nova filosofia do sabor e do gosto, onde está provado que nenhuma expressão de felicidade ultrapassa a terceira garfada ou o terceiro gole, foi uma condecoração. Receber as três gerações, é impagável.
Ganhador de três estrelas no Guia Michelin, o jornal Frances Le Monde classificou o chef Pierre Troisgros como “monstro sagrado da cozinha francesa” e seu restaurante, Troisgros de “monumento da gastronomia”. Seu filho mais velho e também cozinheiro famoso Claude, veio morar no Brasil em 1979. A esposa de Pierre, Olympe, morreu em 2008 e o seu nome batiza um dos restaurantes de Claude, no Rio de Janeiro, junto com o seu filho Tomás.
Quando os chefs franceses Pierre Troisgros e Paul Bocuse decidiram criar a Nouvelle Cuisine (nova cozinha), na década de 1960, retirando das mesas as travessas cheias e fartas, definiram que a louça branca dos pratos individuais seria a tela que receberia as obras de arte preparadas pelos cozinheiros, que depositariam sobre eles todo o amor e criatividade que tanto nos têm encantado.
A Nova Cozinha, criou novos conceitos na gastronomia usando alimentos frescos, molhos leves e em menor quantidade para preservar o sabor de cada alimento. Os pratos servidos passaram a exigir muita criatividade na decoração. Seu visual desperta sensações.
fonte: https://www.nsctotal.com.br/
