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António Raminhos vive um dos dias mais tristes da sua vida

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António Raminhos viveu, esta sexta-feira, um dos dias mais tristes da sua vida. Depois de passar o episódio, o humorista desabafou sobre a situação nas redes sociais.

O marido de Catarina Raminhos ficou “frente a frente ” com um dos seus maiores medos e acabou por ceder à ansiedade e ao transtorno obsessivo compulsivo. O comediante ficou “assustado e desorientado”.

“Sexta foi provavelmente um dos dias mais tristes da minha vida em relação a ansiedade e ao transtorno obsessivo compulsivo. Fiquei frente a frente a um dos meus maiores medos, dos meus maiores ‘e ses’. Que me acompanha há mais tempo. Não interessa o que foi, porque qualquer que seja a ‘fonte,’ o resultado é o mesmo”, começou por explicar.

“A minha mulher, que me viu, diz que não parecia eu. Estava assustado, desorientado. Naquele momento morri. Estava condenado à morte e sem futuro. Sem saber o que fazer. E ainda estou, muito. Já levo muitos anos nisto e muito trabalho, mas às vezes é como remar com calma e perseverança, e, de repente, vem um tsunami. E isso magoa”, prosseguiu.

Mesmo com a ajuda dos amigos, António Raminhos continua a sentir-se “triste, revoltado, abandonado, incompreendido e vazio”. “Os amigos podem dizer que não há problema que a questão até pode ser real, mas está a ser exagerada e o que penso é: ‘O que sabes tu do que vai na minha cabeça?”

“Depois surgem as cobranças: ‘Eu que gosto de ajudar os outros (porque gosto não estou à espera de recompensa), que luto para conseguir os meus projetos, que tive uma infância que não ajudou muito, e que por isso procuro dedicar tempo à família, que medita, que quer conhecer-se melhor e depois leva com estas balas? Onde está a recompensa? Onde está o trabalho feito? Onde está o colo do Universo?”

Face a este episódio, o humorista baixou os braços e ficou revoltado consigo, com Deus e com a história que o trouxe até aqui.

“E não me importo. Que mesmo em baixo, a minha primeira preocupação foi não sofrer em silêncio. Foi pedir ajuda ao meu terapeuta e ao meu psiquiatra porque claramente preciso de um apoio. Um apoio para poder trabalhar-me melhor! Não para me fazer esquecer ou manter-me funcional apenas. Apoio para eu descobrir-me com mais calma. E porque sei que a maravilha da vida é esta: Cada dia é uma hipótese de respirar fundo… E por isso, por muito que me apetecesse estar fechado e isolado ou internado para que tomassem conta de mim… resolvi ir passear no fim de semana”, rematou.

FONTE: NTV

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