O Benfica vive o maior surto de Covid-19, no futebol português. Os encarnados ainda pediram o adiamento do último jogo, com o Nacional, pelo avolumar de baixas, mas sem sucesso. A equipa foi mesmo a jogo, com muitas mudanças no onze, e acabou por perder mais dois pontos na luta pelo título.
O empate a um golo não tem, no entanto, apenas justificação pelas ausências. Na opinião de alguns conhecidos benfiquistas, a equipa está a render abaixo do que deveria e estas baixas de agora, por Covid, não justificam os resultados menos conseguidos e as exibições pouco confiantes.
Depois de uma primeira parte mais conseguida, o Benfica acabou por se eclipsar durante o segundo tempo. O Nacional da Madeira aproveitou para empatar e os adeptos ficaram desagradados com a postura da equipa, especialmente no segundo tempo.
Em declarações ao jornal Record, César Brito, foi categórico na sua opinião e não poupou os jogadores por mais uma desilusão. “A Covid-19 não pode explicar tudo. Isto não pode estar a acontecer no Benfica. Alguém tem de assumir a responsabilidade e explicar o que se está a passar. Os jogadores têm de perceber que estão no Benfica. Confesso que não consigo falar, estou mesmo sem palavras”, disse o ex jogador do Benfica.
Também o jornalista Camilo Lourenço não gostou do que viu e criticou mais uma exibição de altos e baixos: “Não dá para perceber como é que se fazem 15 minutos bons e depois acontece isto. As ausências não explicam tudo… Esta passividade no momento de fazer golo é assustadora. O Benfica esqueceu-se de que não pode mudar profundamente uma equipa de um ano para o outro”.
O deputado Duarte Marques também partilhou de opinião parecida e também reprovou este eclipse da equipa, após uma boa entrada em jogo, e com um golo, que até poderia tranquilizar mais o elenco: “Esta equipa tem de fazer mais. Começa bem mas perde a pressão, deixa de rematar. Às vezes não falta vontade, falta jeito. Há instabilidade, parece que não remam todos para o mesmo lado. E o que sobra em vontade, falta em discernimento. A falta de público não explica tudo”.