Antigo político esteve à conversa com Manuel Luís Goucha.
Manuel Maria Carrilho esteve, esta sexta-feira, no programa de Manuel Luís Goucha na TVI. À conversa com o apresentador, o antigo político falou sobre o processo de divórcio, bem como as acusações de violência doméstica pela ex-mulher Bárbara Guimarães.
“Acredito mais no tempo do que na justiça. Tenho uma relação de muita indiferença em relação àquilo que se fala, ao que acontece à minha volta. Acho que o tempo acaba por esclarecer tudo. Sei que há erros judiciais que são fatais e não têm correção, mas no meu caso sou muito indiferente àquilo que acontece à minha volta. Tento resistir quando são coisas desagradáveis…sobretudo neste caso. A falsidade das acusações era tal que não podia deixar de acreditar”, começou por dizer.
Confrontado pelo apresentador se acha que vai ter tempo para “reabilitar” a sua imagem junto da opinião pública, o ex-ministro da Cultura afirma que se sente “muito bem”, acrescentando que o que lhe custou mais foi o impacto das acusações na vida dos filhos: “O que me custou mais nisto tudo foi o impacto que tudo isto teve nos nossos dois filhos, que foi feito com uma brutalidade muito grande”.
O comunicador questionou ainda o ex-professor se não acha que se autocondenou ao assumir posturas e atitudes em plena praça pública. “É muito facil falar do que se passou em situações completamente inesperadas. Acho muito difícil que uma pessoa não reaja como eu reagi quando eu fui traído daquela maneira, roubado, violentado, agredido, os filhos são-lhe retirados. Os bens, muito deles até hoje são negados. Ainda por cima dizendo coisas que o tempo veio a confirmar serem mentira. Eu só me defendi dizendo que essas coisas acontecem por uma razão. Curiosamente quando essa razão, por razões que eu não tenho nada a ver, que foram agentes públicos que vieram a descobrir, que havia uma pessoa que encontraram em coma álcoolico… esse crime ficou muito calado e é por isso que eu fico muito tranquilo”.
“Os principais visados nisto sabem quem é que tinha razão e a única opinião que me interessa aqui é a do Diniz e da Carlota”, afirmou.
Manuel Maria Carrilho negou ainda ter frequentado um curso para maridos agressores.
O antigo ministro da Cultura afirmou ainda que teve de proteger a filha mais nova, Carlota, de situações delicadas.
“Estou de consciência tranquila, tenho os meus filhos comigo, que é onde se sentem protegidos. Não é por acaso, eu não vou aqui falar, mas tive que proteger a Carlota, que apela à minha proteção e à do irmão mais velho, em situações realmente perigosas, que eu não vou revelar aqui”, disse.
Sobre se o processo de violência doméstica foi desgastante para si, Manuel Maria Carilho admite: “É duro. continua a ser duro, mas não e por minha causa. É a vida”
“Nunca fui violento. O meu advogado perguntou três vezes em tribunal ao pai, à mãe, à empregada se eu alguma vez fui violento e disseram que não. Segunda questão era se eu alguma vez insultei a minha ex-mulher, disseram que não e aterceir apergunta foi ‘Alguma vez ele falou alto’ e eles disseram que não”, disse.
“Os meus filhos são completamente livres. A situação criada foi lamentável”, afirmou.
fonte: vidas