O diretor de comunicação do FC Porto voltou aos ataques ferozes. Em dia de jogo do FC Porto, Francisco J. Marques atirou-se a João Paulo Rebelo, Secretário de Estado do Desporto, pelo silêncio deste, em relação ao apedrejamento do autocarro do Benfica, na semana passada.
Esta não foi a primeira acusação contra os membros do Governo português, em relação ao caso, que manchou a retoma do campeonato português, na última semana. Em causa, está a comparação do ataque de Alcochete. Na altura, vários membros do Governo vieram repudiar o sucedido contra a Academia de Alcochete, falando-se mesmo em terrorismo.
Agora, quando o autocarro onde seguiam os jogadores do Benfica, na autoestrada foi apedrejado, verificou-se um silêncio, que não tem agradado, especialmente a adeptos do Sporting e FC Porto.
Francisco J. Marques apontou mesmo o dedo ao Secretário de Estado: “Tudo isto aconteceu e o Secretário de Estado nem um ‘ai’ disse. É uma subserviência ao Benfica que mete nojo. Não tem outra designação. Estes problemas acontecem sucessivamente e não se identifica uma pessoa. Todos temos vídeos no telemóvel deles a pintarem de cara destapada e com roupas de quem trabalha numa grande empresa. Até parece encomendado. E se foi encomendado, que quem encomendou seja acusado de terrorismo”.
Entretanto, João Paulo Rebelo já comentou o ataque ao autocarro do Benfica. “Profundamente lamentável, como são de lamentar todos os episódios de violência associados ao desporto. O desporto nada tem a ver com a violência, costumo dizer que os adeptos da violência não podem ser adeptos do desporto, o desporto preconiza valores que nada têm a ver com isso. Lamentamos e repudiamos.
Lamento profundamente que aconteça numa altura em que Portugal é visto como um exemplo a nível internacional na retoma das competições, envergonhando objetivamente quem comete esses atos e deixando-nos a todos descontentes”, revelou o Secretário de Estado do Desporto, em declarações à imprensa, na manhã deste dia 10 de junho.