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António Raminhos vive um dos dias mais tristes da sua vida

Atualidade

António Raminhos vive um dos dias mais tristes da sua vida

By 24nacional

September 08, 2020

António Raminhos viveu, esta sexta-feira, um dos dias mais tristes da sua vida. Depois de passar o episódio, o humorista desabafou sobre a situação nas redes sociais.

O marido de Catarina Raminhos ficou “frente a frente ” com um dos seus maiores medos e acabou por ceder à ansiedade e ao transtorno obsessivo compulsivo. O comediante ficou “assustado e desorientado”.

“Sexta foi provavelmente um dos dias mais tristes da minha vida em relação a ansiedade e ao transtorno obsessivo compulsivo. Fiquei frente a frente a um dos meus maiores medos, dos meus maiores ‘e ses’. Que me acompanha há mais tempo. Não interessa o que foi, porque qualquer que seja a ‘fonte,’ o resultado é o mesmo”, começou por explicar.

“A minha mulher, que me viu, diz que não parecia eu. Estava assustado, desorientado. Naquele momento morri. Estava condenado à morte e sem futuro. Sem saber o que fazer. E ainda estou, muito. Já levo muitos anos nisto e muito trabalho, mas às vezes é como remar com calma e perseverança, e, de repente, vem um tsunami. E isso magoa”, prosseguiu.

Mesmo com a ajuda dos amigos, António Raminhos continua a sentir-se “triste, revoltado, abandonado, incompreendido e vazio”. “Os amigos podem dizer que não há problema que a questão até pode ser real, mas está a ser exagerada e o que penso é: ‘O que sabes tu do que vai na minha cabeça?”

“Depois surgem as cobranças: ‘Eu que gosto de ajudar os outros (porque gosto não estou à espera de recompensa), que luto para conseguir os meus projetos, que tive uma infância que não ajudou muito, e que por isso procuro dedicar tempo à família, que medita, que quer conhecer-se melhor e depois leva com estas balas? Onde está a recompensa? Onde está o trabalho feito? Onde está o colo do Universo?”

Face a este episódio, o humorista baixou os braços e ficou revoltado consigo, com Deus e com a história que o trouxe até aqui.

“E não me importo. Que mesmo em baixo, a minha primeira preocupação foi não sofrer em silêncio. Foi pedir ajuda ao meu terapeuta e ao meu psiquiatra porque claramente preciso de um apoio. Um apoio para poder trabalhar-me melhor! Não para me fazer esquecer ou manter-me funcional apenas. Apoio para eu descobrir-me com mais calma. E porque sei que a maravilha da vida é esta: Cada dia é uma hipótese de respirar fundo… E por isso, por muito que me apetecesse estar fechado e isolado ou internado para que tomassem conta de mim… resolvi ir passear no fim de semana”, rematou.

FONTE: NTV